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Mercado de assinaturas é alvo de 79% dos publishers em 2022

Um levantamento da agência britânica Reuters aponta que o modelo de assinaturas é prioridade para quase 80% dos publishers no mercado editorial em 2022. O estudo foi realizado em 2021, no contexto de retomada às atividades pós-Covid-19 e com o avanço da vacinação em massa.

Segundo os dados, a meta de conquistar mais assinantes está acima, inclusive, de estratégias para fechar mais acordos publicitários. “Um desafio-chave para publishers em 2022 é reengajar aqueles [leitores] que deram as costas para as notícias – bem como construir relacionamentos mais profundos com os consumidores recorrentes”, afirma a pesquisa, referindo-se ao público que ficou fatigado pelo excesso de notícias durante a pandemia. 

Ainda de acordo com a Reuters, 75% dos editores, CEOs e lideranças do jornalismo digital afirmaram estar confiantes para colher resultados em 2022, ainda que 60% temam pelo futuro do jornalismo mundial diante de um cenário de guerra, polarização política e ataques à imprensa livre. 

Pandemia, assinaturas e impactos na receita recorrente

Na pesquisa, quase seis a cada dez respondentes (59%) afirmaram que sua receita aumentou ao longo do último ano, apesar de 54% responderem que as visualizações das páginas se mantiveram estáveis ou baixas. Publishers reportaram que a publicidade digital aumentou com o avanço do e-commerce pós-pandemia, que impulsionou mais pessoas a comprarem online.

Especialistas defendem que a tendência é uma consequência natural da ascensão do modelo de negócios por assinatura, a chamada subscriber economy. “Publishers foram pioneiros ao oferecer assinaturas como modo de pagamento no passado. Mas, agora, as assinaturas vão além de uma forma de transação financeira; são também uma fonte de novas experiências”, explica Thiago Lins, CGO da Robox, empresa especializada em assinaturas.

Financiamento para inovar

O publicitário acredita que o mercado de notícias está passando por uma segunda onda de assinaturas, na qual a experiência vai além da forma de pagamento. Ele explica que atualmente já existem veículos e organizações jornalísticas oferecendo experiências que vão além da entrega de conteúdo aos assinantes. “A relação entre o portal e o assinante deve ser como um casamento: para manter a parceria interessante, é preciso inovar”, brincou o especialista. “E para vencer os desafios da sustentabilidade, startups de jornalismo buscam financiamentos, como rodadas de investimento”, completou.

Entretanto, para inovar, é preciso garantir a sustentabilidade financeira da organização. “Nisso, a transformação digital pode ajudar publishers”, defende Lins. Vitória Ramos, co-founder do portal Fiquem Sabendo, comentou um pouco sobre a experiência de viver, na prática, essa mudança. “Parece que se você não ‘comprar’ de uma só vez todos os métodos, [a transformação digital] não vai dar certo. Mas ainda que aconteça aos poucos, faz sentido”, disse ela no Robox Talks, roda de conversa lançada pela plataforma no último mês.

A jornalista explicou quais os resultados práticos conquistados pelo Fiquem Sabendo, que venceu o Desafio de Inovação do Google News Initiative, ao utilizar técnicas como OKRs e metodologia ágil. “Só em [nossa comunicação interna] sair do WhatsApp, já um avanço absurdo”, contou a co-founder no painel, que está disponível no seguinte link: https://robox.ac-page.com/roboxtalks

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