Entre o final de outubro e o início de novembro desse ano (2022), chega às principais lojas e livrarias virtuais o livro Mininho: Dores de um Cotovelo, do pernambucano Rodrigo Sérgio Ferreira de Paiva. O autor é publicitário e lançou a obra acadêmica Panther is the New Black: Representação e Cultura na Comunicação do Filme Pantera Negra na XII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco (2019). É ainda Mestre em Indústrias Criativas, especialista em Escrita Criativa e graduado no curso de Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
O livro é uma adaptação do seu Trabalho de Conclusão de Curso idealizado na Especialização em Escrita Criativa, uma parceria entre a Universidade Católica de Pernambuco e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Rodrigo fugiu da escrita criativa tradicional e se propôs a entregar um livro ilustrado que remete ao gênero nonsense, buscando dialogar também com jovens e adultos. O enredo usa a prosopopeia (ou personificação), figura de linguagem que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos e ações do ser humano. O protagonista dá nome ao título e cria o trocadilho no subtítulo (referência à expressão “dor de cotovelo”). O “anti-herói” é inspirado em um amigo imaginário da infância do autor, além de seus animais domésticos que existem na realidade.
Na história, o preguiçoso do Mininho, o cotovelo, vivia bem, até a chegada do pequeno Biluca, o gato. Conforme a sinopse, “o tempo passa e a vida de pai solteiro o coloca em uma profunda depressão. Mas, entre tendinites, biscoitos de nata e gangues de rua, quem ou o quê estaria por trás das suas dores?”.
De acordo com Adriano Portela, diretor do longa-metragem Recife Assombrado (2019) e orientador do trabalho original, “Mininho: Dores de um Cotovelo é uma história que vai achar um espaço confortável em sua mente e de lá não mais sairá. Rodrigo Paiva proporciona ao leitor uma retirada da zona de conforto e uma inquietação mental, quase um exercício para treinar a imaginação. O que seria um trabalho de conclusão do curso da especialização em Escrita Criativa (Unicap/PUCRS) tornou-se uma obra de arte. Rodrigo nos faz perceber quantos detalhes da nossa vida passam batidos. A escrita, essa ferramenta mágica e ancestral, possibilita e imortaliza o conhecimento, as estórias, as fábulas. Em tempos tão intricados, a melhor coisa é se entregar ao mundo infantojuvenil, se debruçar em uma narrativa que proporciona descobertas, vitórias e um plot twist para lá de interessante”.
Já Rodrigo diz que a obra possui duas perspectivas: “existe aqui o enredo mais lúdico, na perspectiva do Mininho, e o plano de fundo. Afinal, de quem é esse cotovelo? Por que esses nomes tão inusitados? O que de fato se passa em cena? E por que diabos existe um cotovelo tão humanizado? É preciso ler para descobrir. Repare ainda nas cores das páginas, nas pistas e detalhes. Nem tudo é o que parece. Ah, quem é leitor do quadrinista pernambucano Fernando Athayde, autor do gibi A Saga do Porco Dourado e do selo Elefantes na Sala, deve acompanhar a leitura até a última página e imaginar o que pode vir por aí”.
Uma última curiosidade é que a obra foi pensada e produzida ao mesmo tempo que outra: Rodrigo fez a especialização paralelamente a outros trabalhos e, também, enquanto terminava o Mestrado Profissional em Indústrias Criativas, na Unicap (PE). Este originou mais um trabalho, com mais escopo: A dissertação Os Donos da Rua: Representatividade Racial e as Transformações do Protagonismo Negro no Universo Turma da Mônica recebeu quase trezentas páginas e será adaptada como livro no próximo ano (2023) através da editora acadêmica Appris. Nele, o autor busca compreender dentro de um contexto mercadológico em que contexto se deu a transição da presença negra nos produtos editoriais da Mauricio de Sousa Produções de uma posição secundária para protagonista.
Mininho: Dores de um Cotovelo está disponível em versão física e virtual.
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