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O crescimento constante dos consórcios demonstra a inexistência de correlação com o desempenho do PIB

Atibaia, SP 29/7/2021 – O crescente número de consumidores, conscientes sobre a essência da educação financeira, tem atitudes apoiadas em planejamento no qual o consórcio se insere.

As adesões no sistema de consórcios cresceram mais de 5%, mesmo com a retração de 4,1% do PIB em 2020

Um dos indicadores mais utilizados em análises econômicas são as variações do PIB – Produto Interno Bruto, cujas comparações são, em sua maioria, em relação ao desempenho de determinada atividade ou segmento, basicamente crescimento ou desaceleração.

O economista Luiz Antonio Barbagallo, da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, relembra que “o PIB em queda é reflexo da desaceleração da economia, redução nas vendas, desemprego, recessão. Em contrapartida, quando em alta, indica maior atividade econômica, geração de empregos, enfim, o aquecimento da economia de forma geral”.

Alguns setores são mais relacionados a essas variações, enquanto outros, menos. Isso é medido pelos economistas e estatísticos, por meio de cálculos de correlação entre as variações do PIB e o desempenho do setor objeto da análise.

“Em 2020, por exemplo, todos os setores tiveram desempenho negativo, exceto a agropecuária que registrou alta”, disse Barbagallo.

Em avaliação mais abrangente, observou-se que os desempenhos setoriais variaram de 10% negativos para 2% positivos. Assim, entre os que apresentaram retrações, estiveram: importação, com -10,0%; construção civil, -7%; consumo das famílias, -5,5%; consumo do governo, -4,7%; serviços, -4,5%; indústria, -3,5%; exportação, -1,8%; e investimentos, -0,8%; enquanto o de agropecuária anotou evolução, +2%.

Especificamente em relação ao Sistema de Consórcios, o economista destacou “o desempenho extraordinário, acima das expectativas, com recordes de vendas de novas cotas e de participantes ativos em 2020”.

Em suas explicações sobre os resultados obtidos pela modalidade nos últimos 15 anos, considerando os diversos cenários vivenciados em quase toda a economia, Barbagallo apurou uma correlação de 0,095 entre as variações do PIB e as variações das vendas de cotas.

Este indicador sinaliza uma correlação muito baixa entre as variáveis, visto que para ser significativa deveria estar acima de 0,50 ou o mais próximo de 1.

Na análise do desempenho das vendas de novas cotas do Sistema de Consórcios versus variações percentuais do PIB nos últimos 15 anos, observa-se:

ANO VARIAÇÃO DO PIB COTAS VENDIDAS
2006 + 4,0% 1,74 MILHÃO
2007 + 6,1% 1,69 MILHÃO
2008 + 5,1% 1,78 MILHÃO
2009 – 0,1% 1,96 MILHÃO
2010 + 7,5% 2,12 MILHÕES
2011 + 4,0% 2,49 MILHÕES
2012 + 1,9% 2,53 MILHÕES
2013 + 3,0% 2,51 MILHÕES
2014 + 0,5% 2,35 MILHÕES
2015 – 3,5% 2,40 MILHÕES
2016 – 3,5% 2,28 MILHÕES
2017 + 1,1% 2,38 MILHÕES
2018 + 1,1% 2,60 MILHÕES
2019 + 1,0% 2,87 MILHÕES
2020 – 4,1% (MAIOR QUEDA) 3,02 MILHÕES (RECORDE)

Fontes: IBGE e ABAC

De 2006 até 2020, enquanto o PIB oscilou em crescimentos de +0,5%, em 2014, até +7,5%, em 2010, houve também retrações de -0,1%, em 2009, até -4,1%, no ano passado, com repetição de queda de -3,5%, em 2015 e 2016.

Ao exemplificar a baixa correlação, o economista da ABAC, mostrou que no ano de 2020 o sistema de consórcios esteve na contramão de outros setores; aliás não foi esta a única vez verificada. Por exemplo, de 2008 para 2009, quando a queda do PIB foi de -0,1%, e o crescimento das adesões teve alta de +10,11% no mesmo período.

Nas recessões de 2015 e 2016 aconteceu uma pequena retração nas vendas em 2016. Todavia, a recuperação foi rápida e a reversão ocorreu no ano seguinte.

Ao concluir a análise, Barbagallo destacou que “é possível notar uma tendência ascendente nas vendas de cotas ao longo dos anos, enquanto o PIB registrou alternâncias de alta e de baixa.”

Ao explicar tais diferenças, o economista da ABAC apontou várias razões, especialmente quando se analisa porque o Sistema de Consórcios apresenta tanta resiliência frente às flutuações da economia.

Barbagallo referiu-se ao crescente número de consumidores mais conscientes sobre a essência da educação financeira, que propicia atitudes apoiadas em planejamento, no qual o consórcio se insere. Ressaltou que “muitos têm em comum a visão de futuro, o não imediatismo, o pensar para a frente e não apenas se ater às turbulências momentâneas de qualquer economia.” Tal análise é referendada por Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, que também observa melhora na consciência sobre a educação financeira por parte dos consumidores.

Para concluir, Barbagallo referenciou ainda outros motivos ao lembrar aqueles já divulgados nas diversas pesquisas setoriais que a ABAC realizou, realçando, em especial, as respostas dos consorciados que tiveram um conceito em comum: considerar as dificuldades cíclicas e, quando ultrapassadas e a normalidade estabelecida, sair à frente, enquanto os consumidores que ainda não se atentaram para a importância do planejamento financeiro, estarão recomeçando.

Website: http://www.abac.org.br

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