Empresária Fátima Pisarra, da agência de influenciadores Mynd8, é a convidada da semana em ‘No Lucro’, de Phelipe Siani, na CNN Brasil
A empresária falou sobre o mercado de influência no Brasil, desafios para a promoção e monetização de nomes famosos nas redes sociais e o atual ecossistema de negócios na internet; programa vai ao ar nesta terça (03), ao meio dia no canal da CNN Pop no YouTube, e à meia noite na tela da TV
A empresária e psicóloga Fátima Pizarra, está à frente da Mynd8, uma das maiores agências de influenciadores do Brasil, e conversou com o apresentador Phelipe Siani sobre sua rotina e os maiores desafios que enfrenta para promover e monetizar nomes criados nas redes sociais. O programa será transmitido nesta terça (4), ao meio dia no canal da CNN Pop no YouTube, e à meia noite na tela da CNN Brasil, disponível na TV paga e no streaming. Leia abaixo algumas das falas de Fátima durante o bate-papo:
- “Eu não queria passar uma imagem de tipo: ‘ah, eu sou a dona, não sei de nada, não participo.’ Acho legal uma empresa em que a dona é a pessoa que mais trabalha, que está em tudo, vendo tudo. Para mim, é importante que os funcionários saibam que eu estou vendo o que eles escrevem, o que falam, que eu dou palpite, que eu respondo. Isso cria um vínculo emocional que acho essencial numa empresa de dono”;
- “Todos os 300 agenciados da Mynd hoje têm a liberdade de me chamar no celular, trocar ideia, pedir opinião. Qualquer um deles pode falar comigo. Mesmo com grupos, eu percebo quando algo está parado, vou lá, agito. É importante dar atenção, porque eles contratam a gente para administrar a empresa deles, e se eu sumir, eles podem me demitir. Essa é a relação: eu preciso atuar como CEO da empresa deles”;
- “Eu acho que a internet ainda vai girar muito a economia. A gente tem um potencial imenso, mas ainda estamos muito embrionários, especialmente por causa da inclusão digital limitada no Brasil. Se tivéssemos maior acessibilidade à tecnologia e à internet, seríamos o maior mercado do mundo”;
- “O influenciador precisa se enxergar como CEO do próprio nome. O dinheiro que entra para você não é seu, é da empresa. Você tem que estipular um salário, saber quanto gastar, e o resto reinvestir. É essa consciência empresarial que falta para muitos influenciadores hoje”;
- “Hoje, o TikTok está vindo com ferramentas incríveis de venda e conversão. Ele já é super buscável, você pode digitar qualquer coisa e encontrar conteúdo. É a plataforma das novas gerações. Mesmo assim, ainda vejo o Instagram como o lugar onde o dinheiro está”;
- “Mesmo influenciadores grandes não têm a gestão financeira que deveriam. Eles gastam muito, muitas vezes mais do que ganham. Não têm educação financeira e não enxergam que precisam investir, guardar e planejar o futuro”;
- “As marcas estão retraídas. Elas falam: ‘Não queremos influenciadores que falem de política ou que tenham posicionamento político.’ Isso impacta o mercado de influência e até a diversidade. Menos marcas estão contratando pessoas pretas, LGBTs ou trans. Algumas dizem: ‘Se eu contratar um casal gay, vão achar que sou de esquerda. Se eu tiver muitos influenciadores pretos, vão achar que estou lacrando.’ Isso faz com que as campanhas fiquem todas muito iguais, sem diversidade, sem diferenciação. Acho isso muito ruim”;
- “As pessoas acham que o mercado de influência está saturado, mas não está. Ainda temos muito espaço para crescer, especialmente com microinfluenciadores que atuam em nichos específicos. Uma pessoa com nove mil seguidores em uma cidade pequena pode ter uma relevância imensa no seu público local e gerar uma renda significativa”;
- “Hoje, a gente recebe uns 100 briefings de campanha por dia, e 80 pedem influenciadores que não se posicionem politicamente. Isso mostra o medo das marcas em relação à polarização, mas também uma falta de visão sobre o impacto que essas pessoas têm na conversão e no engajamento”;
- “A Camila de Lucas, por exemplo, é muito boa de poupar. Ela é uma influenciadora muito coordenada. Ela comprou uma casa, fez um grande passo na vida dela quando comprou essa casa no Rio de Janeiro. Eu falei: ‘Você tem que comprar, tem que comprar.’ E ela comprou. Mas eu sempre sou essa pessoa que incentiva e fala: ‘Eu vou estar aqui pra te ajudar a pagar também a prestação, dou essas dicas.’ Vira e mexe, fico horas conversando com cada um”;
- “A Luísa Sonza já falou: ‘Você não me disse que tudo o que você comprar, você vai me mandar pra eu comprar também?’ Aí tudo que eu compro, eu mando pra ela. Ela compra tudo para investir”;
- “A infraestrutura que [alguns grandes influenciadores] têm é absurda, e isso consome quase tudo que eles ganham. Aí as pessoas falam: ‘Mas e os Porsches, e as mansões, e o avião?’ Então, gastaram nisso. Você acha que o Porsche custa quanto? É de graça? O dinheiro está onde? No Porsche. Muitas vezes eles gastam mais para manter uma imagem do que realmente investem no futuro”
- “Hoje o mais caro é a Luísa. É a Luísa e a Pabllo. A Luísa e a Pabllo são as que têm os maiores valores. E a Preta Gil no último ano foi o maior faturamento. Acho que é por conta de tudo que aconteceu com ela, muita marca quis se aproximar. Ela ainda é sócia e é o maior faturamento. Ou seja, é a que tá mais ganhando”.
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