Notícias Corporativas

Como evitar riscos trabalhistas ao premiar colaboradores

O pagamento de prêmios a empregados tem se tornado uma estratégia cada vez mais adotada por empresas para motivar equipes e reconhecer desempenhos superiores. No entanto, muitos empregadores ainda possuem dúvidas sobre os impactos jurídicos e trabalhistas dessa prática, especialmente quando o tema envolve encargos, prêmios e benefícios. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os prêmios possuem características específicas que os diferenciam do salário, o que pode trazer vantagens tanto para empregadores quanto para empregados.

De acordo com o artigo 457 da CLT, os prêmios são definidos como valores pagos em dinheiro, bens ou serviços, desde que destinados a recompensar o desempenho além do esperado. Os prêmios, por não serem caracterizados como verba salarial, não são base para o cálculo de encargos trabalhistas, como FGTS e INSS. Essa isenção tem gerado interesse, mas também exige cuidado e atenção para que as empresas estejam em conformidade com a legislação vigente.

O principal atrativo do pagamento de prêmios está na possibilidade de valorizar os colaboradores sem aumentar a carga tributária da folha de pagamento. Entretanto, especialistas alertam que é fundamental que a prática esteja amparada por critérios claros e documentados, seja por meio de uma política interna ou de acordos coletivos.

“A ausência de critérios claros e objetivos, associados à ausência de publicidade e a forma de se realizar o pagamento, incide em um risco emergencial à empresa, podendo ser descaracterizada a verba destinada à premiação e benefícios para verbas de natureza salarial, trazendo riscos jurídicos e consequências financeiras para a empresa”, afirma Carla Azevedo Ortiz, advogada da Incentive, empresa que está há mais de 20 anos no ramo de gestão de pagamentos corporativos. Ela destaca que a lei é clara ao estipular que os prêmios podem ser habituais e devem ser vinculados ao desempenho superior, ou seja, algo que vá além das expectativas normais da função, respeitando-se as obrigações decorrentes da lei e os acordos convencionados.

Além disso, as empresas precisam formalizar os critérios e as condições para a concessão desses prêmios, de forma que, em eventuais contestações por parte do colaborador, possam comprovar que o valor recebido está em conformidade com a legislação.

“A adoção de políticas bem estruturadas e a escolha na empresa de marketing de incentivo interno é essencial para evitar problemas e reforça o papel estratégico do pagamento de prêmios ou benefícios como um instrumento de valorização dos colaboradores”, complementa a advogada.

Outro ponto de atenção é a necessidade de alinhar a prática com a cultura organizacional e com os objetivos do negócio. Se o pagamento de prêmios aos funcionários é uma ferramenta valiosa para motivar equipes e reconhecer desempenhos acima da média, é preciso criar boas campanhas de incentivo.

Um estudo feito pela Gallup afirma que empresas que investem em reconhecimento eficaz têm 14% mais chances de engajar funcionários. Quando a empresa adota formas de pagamento diferenciadas, que oferecem maior flexibilidade ao colaborador, o resultado é ainda melhor.

A coordenadora de marketing da Incentive, Ana Piacente, afirma que campanhas de endomarketing com premiações flexíveis, como cartões pré-pagos e plataformas de pontos, são excelentes para engajar colaboradores sem comprometer as finanças. “Quanto mais flexíveis são os prêmios, mais satisfeitos ficam os colaboradores. Enquanto alguns preferem usar o valor para complementar a renda mensal, outros preferem destiná-lo a compras, viagens, jantares e experiências pessoais”, afirma a coordenadora.

Por outro lado, empresas que negligenciam as premiações e os aspectos legais podem sofrer penalidades. Entre os principais erros estão a falta de um plano estruturado e pagamento informal de prêmios, o que pode desmotivar a equipe e impactar diretamente na relação trabalhista.

A cultura de reconhecimento é importantíssima; contudo, é indispensável que as empresas se atentem aos requisitos legais e consigam premiar sem infringir a legalidade. E, mais do que legalizar, é preciso trabalhar o incentivo sem comprometer o caixa da empresa, de forma que esses pagamentos sejam feitos de maneira justa e lícita para ambos os lados.

Para evitar riscos e aproveitar plenamente os benefícios dessa estratégia, as empresas devem buscar instituições especializadas em marketing de incentivo e gestão de pagamentos para premiações corporativas, assegurando que suas políticas de prêmios sejam implementadas de forma eficiente e segura de acordo com o ordenamento jurídico.

INSCREVA-SE E FIQUE POR DENTRO DAS NOSSAS NOVIDADES, SORTEIOS E PROMOÇÕES

Invalid email address
Prometemos não enviar spam para você.  Pode cancelar sua inscrição a qualquer momento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo