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Brasil ainda tem desigualdade na oferta de especialistas

A desigualdade na distribuição de médicos especialistas segue como um dos maiores desafios do sistema de saúde brasileiro. Segundo a Demografia Médica 2025, entre 2012 e 2023, o Brasil registrava 59,9% de médicos especialistas em relação ao total de profissionais em atividade.

Sobre a distribuição, o estudo também destaca que a Região Sudeste concentra 54,3% dos profissionais que estão em programas de residência médica, enquanto a Região Norte tem apenas 3,6%. O Ministério da Saúde lançou, em 2025, o programa “Agora Tem Especialistas”, uma iniciativa que pretende ampliar o acesso da população a médicos de diferentes áreas, com foco em municípios pequenos e regiões de difícil provimento. A iniciativa, criada por meio de medida provisória, permite que hospitais privados e planos de saúde ofereçam atendimento ao SUS em troca de renúncia fiscal.

A pasta também atua com ações que ampliam mutirões, o uso de unidades móveis de saúde (carretas), a aquisição de transporte sanitário e o fortalecimento da telessaúde. Em 2024, foi criado o Programa “Mais Acesso a Especialistas” (PMAE), que agora é unificado à nova política.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, o sucesso da iniciativa dependerá da continuidade das políticas públicas, do planejamento técnico e da valorização integral do médico como elemento essencial do direito à saúde. “Garantir o acesso a especialistas é fundamental para o fortalecimento do SUS e para a efetividade do atendimento. Mas isso precisa ser feito com responsabilidade, qualidade e respeito à carreira médica”, disse.

O especialista em direito médico também destaca que é necessário assegurar boas condições de trabalho aos profissionais. Ele afirma que a falta de infraestrutura e remuneração adequada continuam sendo obstáculos para fixar médicos em regiões vulneráveis.

Canal relembra que o Projeto de Lei n.º 11.164/2018, de autoria do deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), propõe um incentivo fiscal para atrair e fixar profissionais de saúde em municípios com até 20 mil habitantes e está parado na Câmara dos Deputados desde 2022.

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