Nova tendência de cirurgias faciais chega ao Brasil


Nos últimos anos, uma mudança de paradigma tem se consolidado no campo da cirurgia plástica facial, marcada pela valorização de resultados mais naturais, mudanças sutis e compatíveis com as características individuais.
De acordo com o cirurgião plástico, especialista em rejuvenescimento, Dr. João Pedro Biló, “o rosto esticado e sem expressão ficou no passado e, em seu lugar, ganha espaço uma estética mais refinada, que privilegia a harmonia, a juventude e a autenticidade. Isso é possível com técnicas que alcançam e tratam camadas mais profundas da face, o Deep Plane Facelift é um dos principais exemplos, sendo o principal representante atual do popularmente chamado de lifting facial”.
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), o lifting facial está entre os cinco procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo, com mais de 500 mil intervenções registradas apenas em 2022. As versões mais superficiais da cirurgia, no entanto, têm sido progressivamente menos utilizadas para evitar o aspecto esticado e oferecer maior estabilidade dos resultados.
Para o cirurgião plástico João Pedro Biló, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em rejuvenescimento facial, a técnica representa um avanço na forma de tratar a flacidez e o envelhecimento da face. “O Deep Plane permite reposicionar os tecidos de forma mais anatômica e natural, sem tensionar a pele. Isso reduz o risco de estigmas cirúrgicos e proporciona resultados duradouros”, afirma.
Estudo publicado no Aesthetic Surgery Journal destaca que a atuação no plano profundo da face — abaixo do Sistema Músculo-Aponeurótico Superficial (SMAS) — oferece maior mobilidade das estruturas faciais, possibilitando a restauração da juventude facial com menor distorção dos traços individuais.
Os especialistas explicam que a técnica é especialmente indicada para pacientes com flacidez acentuada nas regiões malar, mandibular e cervical. Ao acessar ligamentos profundos e camadas estruturais, o procedimento consegue reverter os efeitos do tempo com maior amplitude, ao mesmo tempo em que mantém a harmonia entre as áreas tratadas.
“Esse tipo de abordagem exige não apenas domínio técnico, mas sensibilidade estética. Cada paciente possui uma anatomia única, e o sucesso da cirurgia está em respeitar essas particularidades”, comenta.
O cirurgião explica que diferentemente de procedimentos que atuam apenas nas camadas superficiais, o Deep Plane Facelift reduz a necessidade de retoques e tende a apresentar um tempo de recuperação mais controlado, uma vez que a tração é redistribuída entre planos mais estáveis. O resultado é uma face rejuvenescida, com expressões preservadas e contornos naturais.
A adoção crescente da técnica por cirurgiões ao redor do mundo reflete a mudança no perfil dos pacientes e na própria compreensão do que representa o rejuvenescimento facial na atualidade. Ao priorizar autenticidade, o Deep Plane Facelift tem se consolidado como uma alternativa moderna para quem busca longevidade estética sem abrir mão da identidade visual.