Hall de entrada: o cartão de visitas da casa nunca foi tão fundamental, como nos dias de hoje
Paredes trabalhadas, móveis indispensáveis e iluminação cênica para trazer a sensação de aconchego: confira as dicas e inspirações de projetos assinados pelas experientes arquitetas Carina Dal Fabbro, Cristiane Schiavoni, Karina Korn e Carina Korman
Embora se considere que o status é da sala de estar, o hall de entrada é sim o cartão de visitas de casas e apartamentos. Logo ao entrar, o ambiente transmite as primeiras impressões e, ao visitante, a personalidade do morador que lá habita. Tradicionalmente com pequenas dimensões e um ambiente de pouca permanência, é possível sim ousar e abusar de ideias inovadoras e cheias de estilo.
“Considero o hall de entrada o primeiro ambiente do projeto, pois a partir dele começamos a trabalhar o estilo decorativo escolhido para toda a casa“, revela a arquiteta Carina Dal Fabbro, do escritório que leva seu nome. Junto com ela, as profissionais Carina Korman, à frente do Korman Arquitetos, Cristiane Schiavoni, do Cristiane Schiavoni Arquitetura, e Karina Korn, do Karina Korn Arquitetura, discorrem sobre o hall de entrada e relacionam dicas a partir dos projetos executados por elas.
Considerando que muitos halls de entrada não contam com espaço para colocação de móveis, as paredes figuram com extrema importância, pois através delas é possível personalizar e emanar as características definidas para o décor. “Os espelhos são os queridinhos para esse espaço, pois garantem amplitude visual, além de essenciais para última conferida no visual antes de sair de casa”, brinca a arquiteta Karina Korn.
Outro item costumeiramente empregado no ambiente é o papel de parede, por conta da versatilidade de cores e estampas. “Por se tratar de um ambiente de baixa permanência, podemos apostar com modelos mais estampados”, diz a arquiteta Carina Korman, que ainda salienta seu apreço por obras de arte, “que imprimem o gosto pessoal dos moradores desde a chegada“, completa.
Em prédios antigos, a arquiteta Karina Korn relata costuma ainda encontrar batentes do elevador com materiais mais antigos. “Quando a porta não é de inox, podemos revestir a superfície. Já utilizei inclusive papel de parede, resultando em um efeito belíssimo”, conta Karina.
Para o revestimento, quando é possível trocar o modelo entregue pela construtora, “é indicado manter o mesmo modelo da área social, garantindo unidade entre os espaços, ainda mais se for uma peça fácil de limpar“, diz a arquiteta Cristiane Schiavoni, que também defende o uso de tapete, em versões que sejam fáceis para retirar e lavar periodicamente.
Outro ponto importante dentro desse ambiente é a iluminação, que precisa ser mais aconchegante do que clara, já que não é um ambiente de longe permanência e pode trazer esse clima de conforto para quem chega. “Sempre indico uma iluminação cênica, com uma luz focal para obras de arte ou ponto de destaque, e outra geral que ilumina todo o espaço“, detalha Carina Dal Fabbro.
Quando o projeto permite a substituição da porta, as profissionais são unânimes em afirmar a força que ela exerce no hall de entrada. “Diante dessa possibilidade, gosto de trazer uma porta mais larga ou mesmo com um acabamento diferente, que pode ser colorido, espelhado, amadeirado… São inúmeras possibilidades que escolho de acordo com o perfil dos clientes“, enfatiza Carina Korman, da Korman Arquitetos.
Não existe uma regrinha para os objetos decorativos do ambiente. Quadros são ótimos para colorir as paredes, bem como podem ser apoiados no chão ou no aparador. Vasos também estão entre os eleitos e não precisam seguir a obrigatoriedade de receberem plantas. “Mas para quem gosta de planta natural, costumo dizer que é preciso levar em conta as características das espécies. Muitas não se adaptam em ambientes fechados e sem ventilação”, salienta Karina Korn.
Hall de entrada em tempo de pandemia
Aparadores e bancos já eram itens bem-vindos no espaço antes da pandemia global, mas agora ganharam mais força ainda. “A nossa casa sempre é um reflexo do que vivemos. Ainda mais depois desde momento tão difícil, o hall ganhou a função de pré-higienização para entrarmos em nossa casa”, explica Cristiane.
Assim, torna-se indispensável um móvel para armazenar os sapatos e também um banco para servir de apoio para ajudar no calçar – ou tirar – os sapatos. “Sempre gostei de usar bancos nos meus projetos pela facilidade do apoio logo na entrada, e agora, mais do que nunca eles se fazem completamente necessários. Incluo também cestos para disponibilizar chinelos ou calçados limpos para entrar em casa”, conta Karina Korn. Um aparador também pode ser útil para apoiar a bolsa nesses momentos de higienização, além do espaço para o álcool gel, é claro!
Para quem mora em apartamento pequeno, sem espaço para inserir esses móveis, a arquiteta Cristiane Schiavoni dá a dica: “adicione um gancho na parede para apoiar a bolsa e uma prateleira para o álcool gel. Um caixote ou cestaria já é o suficiente para dispor os sapatos que chegam da rua e pegar os limpos para entrar em casa“, finaliza.
Carina Dal Fabbro Arquitetura
(11) 3078-8922
www.carinadalfabbro.com.br
@carinadalfabbroarq
Cristiane Schiavoni Arquitetura
Tel. (11) 3649 4900
www.cristianeschiavoni.com.br
@cristianeschiavoni
Karina Korn Arquitetura
Tel. (11) 98848-6858 / (11) 98849-9669
karinakorn@karinakorn.com.br
www.karinakorn.com.br
Korman Arquitetos
Tel.: (11) 3060-8313
www.kormanarquitetos.com.br
@kormanarquitetos